Viajar em boa companhia é uma das melhores coisas da vida. Mas, viajar sozinho é também delicioso. Você acorda quando quiser, vai onde der na telha, se perde, enrola e ninguém te olha feio… E, claro, é você quem decide a hora e o que comer.
Confesso que, fora de casa, sempre me virei muito bem “da sola” (“sozinha”) mas se tinha uma coisa que eu não conseguia fazer até muito pouco tempo atrás era jantar sozinha. Almoço, sim, sem problema nenhum. Mas jantar eram outros quinhentos…
Principalmente em um país com uma tradição familiar tão forte como a Itália, onde as refeições são momentos sagrados nos quais, ao redor das mesas, casais, pais, filhos e agregados socializam.
Mas, de repente, me dei conta que, principalmente quando estou conhecendo uma cidade nova, cheia de delícias típicas para experimentar e normalmente com pouco tempo, perder uma oportunidade de comer bem só para evitar olhares curiosos dos outros à mesa do lado não vale a pena….
Tudo bem, sempre bate uma vergonhazinha quando tenho que ligar para um restaurante e dizer “queria reservar para uma pessoa…” mas, uma vez lá, invariavelmente sou muito bem tratada – seja por admiração, ou por pena (não faz diferença).
Assim sendo, esse post nada mais é do que um incentivo a todos – solteiros, namorados, casados, filhos únicos ou irmãos de sete – a não perderem tempo com besteira (e comida ruim) quando estiverem sozinhos. Respirem fundo, entrem em um lugar legal e digam sem medo: “por favor, mesa para um”.
FloCiBO 