Quase mais triste do que quarta-feira de Cinzas é voltar de férias. Nas últimas duas semanas, tive o imenso prazer de conhecer lugares paradisíacos, como a região de Cape Town (da qual já falei por aqui) e as Ilhas Seychelles.
Quanto às últimas, uma república situada no Mar Índico, trata-se de um dos arquipélagos mais lindos do mundo, com praias estupendas e o contraste de cores mais maravilhoso que já vi (a areia branquinha, o mar que vai do turquesa ao azul bebê e pedras cinzas que parecem ter sido esculpidas por um artista talentosíssimo).
Ali, reina a cultura creole, que é um termo genérico normalmente usado para designar populações descendentes de colônias europeias que resultam da interação entre culturas provenientes da Europa e aquelas já presentes, principalmente a africana.
Nas Seychelles, as influências mais fortes são a inglesa (e.g. os carros têm a direção do lado esquerdo!) mas, principalmente, a francesa (a principal língua falada ali é uma deliciosa mistura do francês com o baianês).
E tais influências, particularmente a última, também se sentem na cultura gastronômica. A cozinha seychellois é uma mistura arretada de peixes e frutos do mar fresquíssimos; muitos temperos e especiarias; produtos locais, como a banana, o mamão e o coco; manteiga e creme de leite (como reza a tradição francesa).

Um dos pratos mais interessantes que experimentei (e repeti) foi o curry à moda de Seychelles. Comparado com o indiano, é mais suave e menos picante, e ao invés do chutney tradicional – aquele que é cozido por longos períodos – existe uma espécie de “chutney fresco”, ligeiramente cozido, ou cru, e mais refrescante; algo que se assemelha mais ao picles do que a uma geleia.
Em um restaurante lindinho na Ilha de Praslin (onde fiquei hospedada), o Village du Pecheur, comi o melhor prato da viagem: um curry de polvo, servido com arroz branco e chutney de mamão e abóbora – ambos crus.

(Ah, e de antepasto devorei um ótimo peixe marlin defumado, acompanhado de fatias finíssimas de mamão ainda não muito maduro, marinado com vinagre e cebola).
Quanto aos costumes gastronômicos (um assunto que me fascina, como vocês sabem), achei super gracinha o fato de que, logo no início da refeição, em qualquer lugar são servidos pãezinhos – normalmente feitos à base de leite – SEMPRE quentinhos.

Para beber, a escolhida é a cerveja (ainda que, em todos os lugares por onde tenha passado, a carta de vinhos fosse sempre surpreendentemente boa, apesar de cara). Minha preferida, e companheira ao longo de toda a viagem, foi a Eku, uma cerveja de origem alemã, mas que hoje é produzida nas ilhas.

Por fim, como não estava no Brasil, a data mais importante do período não era Carnaval, mas o Valentine’s Day. Assim, acabei comemorando esse dia por lá, em um dos restaurantes mais disputados da ilha de Praslin, o Cafè des Arts, no qual o menu especial era composto de lagostas e outros ingredientes afrodisíacos… O prato da foto era composto de medalhões de lagosta e uma espécie de robalo grelhados, com gnocchi de mini ervilhas, abobrinhas e arroz de jasmim, servido com molhos de açafrão espanhol e emulsão de vinho tinto (ufa!)

Mas, como todo carnaval tem seu fim, cá estou de volta à fria Bologna; toda encapotada, mas feliz da vida por todos os lindos momentos que passei por lá – e, confesso, louca para comer um belo prato de tortellini in brodo!!
Oi Flora!
Nossa! q lugar mais lindo!!
Adorei o post e imagino q delicia de férias, dessas q a gente guarda p sempre né !?
E q delicia a gastronomia africana adorei!.. 😉
Bjus
Oi Mari!! Bom te ver por aqui 🙂
E, como sempre, tem toda razão: as Seychelles são extraordinárias e com certeza ficarão na minha lembrança para sempre!
Muito obrigada, de novo, pelo carinho!
Beijo enorme e boa semana
Flora.
Ahhh fiquei com gostinho de quero mais sobre Seychelles. Vou pra lá em Junho/15 em lua de mel e é tãooo difícil achar dicas legais que fiquei querendo mais…. 🙂
Oi Marcella! Obrigada pela mensagem! E tenho certeza que você vai AMAR todo aquele paraíso!
Fique SUPER à vontade para me perguntar o que for, viu? Vou adorar te ajudar a organizar sua lua de mel 🙂
Beijo grande,
Flora.